Quando Tiago Nunes, técnico da LDU Quito foi anunciado como comandante da equipe equatoriana em 6 de junho de 2025, poucos imaginavam que ele estaria liderando a semifinal da Libertadores contra o gigante paulista.
Um panorama da edição 2025 da Copa Libertadores
A Copa Libertadores 2025 ainda tem o sabor de surpresas. Até agora, 50 jogos foram disputados, com 26 gols marcados apenas pelo Palmeiras, que ostenta a artilharia da competição. Já a LDU Quito, defendendo seu segundo título histórico de 2008, consolidou a melhor defesa, mantendo o gol quase zerado nas últimas sete partidas.
Desempenho da LDU até a semifinal
O caminho da equipe de Quito foi nada menos que cinematográfico. Na fase de oitavas, eliminaram o Botafogo após perder o primeiro jogo por 1 a 0 e virar o placar com 2 a 0 na partida de volta. Nas quartas, derrubaram o São Paulo com vitórias por 2 a 0 em casa e 1 a 0 no Morumbi, avançando com 3 a 0 no agregado. Em 23 confrontos sob o comando de Tiago Nunes, o técnico registrou 12 vitórias, 6 empates e 5 derrotas – um aproveitamento de 52%.
Além dos números, o treinador elogiou a maturidade dos jogadores: "Temos atletas de seleção e campeões que sabem a maneira de jogar esta fase. Internamente somos muito fortes". Ele falou ainda sobre o trabalho tático que tem sido focado em criar espaços e melhorar o um‑contra‑um dentro da área.
O poder ofensivo do Palmeiras
Com Abel Ferreira no comando – Abel Ferreira – o Verdão chegou ao duelo com 26 gols em 10 jogos, incluindo uma goleada de 6 a 0 sobre o Sporting Cristal. Na fase de quartas, eliminaram o River Plate com vitórias por 2 a 1 e 3 a 1, totalizando 5 a 2 no agregado.
Mesmo com a vantagem de ser o artilheiro, o Palmeiras tem um histórico de tropeços em altitudes elevadas. A última visita ao Estádio Rodrigo Paz Delgado, em 2009, terminou em derrota por 2 a 0 no Morumbi, enquanto a LDU venceu a primeira partida daquele confronto por 3 a 2 em Quito. A lição? O ar de 2.850 metros pode mudar o ritmo de qualquer equipe.
Declarações e estratégias pré‑jogo
Em entrevista coletiva em Quito, no dia 25 de setembro, Nunes reconheceu o favoritismo do adversário: "Nunca era favorito", afirmou, mas acrescentou que a equipe está "em clima de revanche em dose dupla" contra o Palmeiras e contra o futebol brasileiro. Ele lembrou ainda a própria experiência: "Já passei por situações parecidas e eliminei gigantes; às vezes, os ventos sopram a favor".
Abel Ferreira, por sua vez, destacou a necessidade de respeito e controle do ritmo: "A Libertadores é uma competição de dois jogos e tem o aspecto do momento. Qualquer coisa pode acontecer", disse o técnico português, referindo‑se ao trabalho mental que a equipe deve manter ao enfrentar a altitude de Quito.
Impacto da altitude e do estádio
O primeiro duelo será realizado no Estádio Rodrigo Paz Delgado, situado a cerca de 2.850 metros acima do nível do mar. Jogadores que não estão acostumados com a penúria de oxigênio podem sentir a diferença nos últimos minutos, como costuma acontecer nas partidas andinas. A equipe do Palmeiras chegou a treinar em altitude em cidades como La Paz, mas a adaptação completa costuma levar alguns dias.
O que esperar da semifinal
Os especialistas apontam que a LDU Quito deverá buscar o gol cedo, aproveitando a pressão do adversário ainda desfalcado do ritmo habitual. Já o Palmeiras, conhecido por sua ofensividade, deve tentar dominar a posse e explorar a velocidade dos seus atacantes, principalmente Dudu e Rony, que já balançaram as redes da competição.
- Data do primeiro jogo: 23/10/2025, 20h30 (horário local).
- Local: Estádio Rodrigo Paz Delgado, Quito.
- Data do segundo jogo: 29 ou 30/10/2025, no Allianz Parque, São Paulo.
- Próximo adversário da final: vencedor entre Flamengo e Racing Club.
Independentemente do resultado, a semifinal promete ser um marco para o futebol sul‑americano, já que coloca frente a frente um técnico brasileiro que já conquistou a Sul‑Americana (2018 com o Athletico Paranaense) e um clube que busca reviver o brilho de 2008.
Próximos passos e o que observar
Se a LDU conseguir neutralizar o ataque palmeirense e impor seu ritmo de jogo, tem grandes chances de avançar. Caso contrário, o Palmeiras poderá usar seu poder de fogo para abrir o placar logo nos minutos iniciais, forçando a equipe equatoriana a reagir sob pressão.
Os torcedores de ambas as equipas já fazem suas apostas, mas como bem disse Tiago Nunes: "Estamos trabalhando para surpreender as pessoas que, muitas vezes, olham um futebol que não está perto delas com um pouco de nariz torcido".
Perguntas Frequentes
Como a altitude de Quito pode influenciar o desempenho do Palmeiras?
Jogar a quase 3.000 metros pode reduzir a capacidade aeróbica dos atletas, principalmente nos últimos 20 minutos. Times acostumados ao nível do mar costumam sentir cansaço mais rápido, o que pode favorecer a pressão da LDU nos momentos decisivos.
Qual o histórico de confrontos entre LDU Quito e Palmeiras na Libertadores?
Eles se enfrentaram duas vezes, ambas em 2009. A LDU venceu o primeiro duelo em Quito por 3 a 2, mas perdeu o retorno no Morumbi por 2 a 0. Desde então, só se cruzaram nas edições de 2025, quando a LDU avançou às semifinais.
Tiago Nunes tem mais chances que o Palmeiras pela experiência na competição?
Embora ele tenha comandado 23 partidas nesta edição com boa solidez defensiva, o Palmeiras possui o recorde de maior número de gols e o histórico de eliminar grandes equipes. A experiência de Nunes, porém, pode ser decisiva na montagem de um plano tático contra o ataque palmeirense.
Quem são os principais jogadores que podem definir a semifinal?
Para a LDU, o atacante Gabriel Torres e o defensor José Luis Villalba têm se destacado. Já o Palmeiras conta com Dudu, Rony e o meia Raphael Veiga, responsáveis por grande parte dos 26 gols marcados até agora.
Qual será o próximo adversário do vencedor desta semifinal?
O vencedor enfrentará quem sair da outra semifinal entre Flamengo e Racing Club, partida marcada para o mesmo dia, 23 de outubro de 2025. A final da Libertadores será decidida em dois jogos, assim como as semifinais.
18 Comentários
Observa‑se que a análise do técnico Tiago Nunes peca pela superficialidade; suas declarações carecem de embasamento tático e refletem apenas uma tentativa de autopromoção. Tal estratégia não convence os críticos mais exigentes.
Entendo a preocupação com a altitude, mas a confiança exibida pelos jogadores da LDU é contagiante; certamente eles vão usar essa energia para surpreender o Palmeiras. A torcida também tem um papel importante, e com esse apoio tudo fica mais fácil.
É inaceitável que se atribua ao Palmeiras um domínio absoluto quando, historicamente, equipes latino‑americanas que enfrentam altitudes elevadas têm demonstrado superioridade tática e física. O fato de que a LDU Quito mantém uma defesa quase intransponível comprova que o favoritismo dos meios de comunicação está longe da realidade.
Ao analisarmos minuciosamente o histórico recente da LDU Quito, percebe‑se que a disciplina defensiva tem sido o ponto fulcral de sua campanha. Cada linha de quatro, ao ocupar a zona de pressão, impede a penetração dos atacantes adversários, sobretudo nos momentos de contra‑ataque. O treino de posicionamento, que Tiago Nunes instituiu desde a fase de grupos, reflete um estudo aprofundado sobre a dinâmica de bola parada. Ademais, a capacidade de manter a posse em áreas compactas diminui a eficácia dos cruzamentos do Palmeiras, que dependem de bolas aéreas para finalizar. Não podemos esquecer que a altitude de Quito força o adversário a adaptar sua respiração, o que impacta diretamente a velocidade de deslocamento. Essa condição climática, combinada com a estratégia de fechar os espaços laterais, obriga o rival a jogar mais aberto, expondo vulnerabilidades. Por outro lado, o ataque equatoriano tem utilizado a ruptura dos laterais com movimentações rápidas dos alas. Gabriel Torres, como referência ofensiva, tem sido treinado para explorar os espaços deixados pelos laterais do Verdão. Ele costuma cortar para dentro, recebendo passes curtos que facilitam a finalização dentro da área. O meio‑campo, liderado por José Luis Villalba, opera em dupla, alternando entre marcação cerrada e apoio ao ataque, criando superioridade numérica nas transições. Vale ainda salientar que a equipe tem um treinador que já venceu a Libertadores, trazendo experiência de pressão em jogos decisivos. Essa bagagem táctica influencia a mentalidade dos jogadores, que sabem como lidar com situações de alta tensão. Quando observamos o padrão de gols sofridos, percebemos que a maioria ocorre nos últimos 20 minutos, exatamente quando a fadiga começa a se manifestar em equipes que não estão habituadas à altitude. Assim, a estratégia de iniciar o ataque nos primeiros 15 minutos é crucial para colocar o Palmeiras em desvantagem. A preparação física realizada nas duas semanas anteriores ao confronto incluiu sessões de hipóxia, o que reduz o risco de perda de desempenho. Em suma, a combinação de disciplina tática, preparo físico específico e a vantagem geográfica coloca a LDU em posição favorável para surpreender o tradicional gigante paulista.
Galera, vamos apoiar o time como se fosse o próprio bairro! Se a LDU entrar com raça e coração, não tem como o Palmeiras sair ileso.
Com certeza! ✨ Vamos acreditar que a altitude vai dar aquele empurrãozinho extra. 🙌
Acho que o clima de Quito pode ser um divisor de águas, mas o que realmente conta é a preparação mental dos atletas.
É verdade, a pressão psicológica pode transformar um jogo comum em uma batalha épica; cada detalhe importa.
Claro, todo mundo acha que a altitude é a vilã, mas quem realmente controla o jogo são os bastidores que manipulam as estatísticas.
Na real, os dados mostram que equipes que treinam em altitude têm 23% mais chances de segurar a bola nos últimos minutos, então a LDU tem tudo a seu favor.
Não vejo problema nenhum; tudo é só hype!!!
na minha visão a hype não passa de marketing e a real força tá na preparação física e tática que a ldu vem mostrando nos últimos jogos
O Palmeiras está subestimado.
A crítica é válida, mas precisamos analisar o contexto antes de concluir.
Todo mundo esquece que o jogo vai ser controlado por entidades ocultas; a altitude é só fachada...!!!
Portanto, ao considerar todos os fatores – táticos, fisiológicos e históricos – concluímos que a vantagem da altitude pode ser decisiva, embora não garanta vitória automática.
Será que o Palmeiras vai adaptar o treino antes da partida? Sempre curioso ver como os times se preparam para situações extremas.
Na minha opinião, a LDU tem mais chance de causar surpresa; afinal, o Palmeiras ainda não demonstrou consistência fora do Brasil. 😉