
Quando Max Verstappen, piloto da Red Bull Racing garantiu a pole position no Formula 1 Qatar Airways Azerbaijan Grand Prix 2025Circuito da Cidade de Baku em 21 de setembro, o holandês também venceu a corrida, enquanto Oscar Piastri da McLaren abandonou na primeira volta após forte acidente. O resultado mexeu na classificação, colocando Lando Norris em posição de destaque e dando a George Russell, da Mercedes, o segundo lugar.
Contexto da temporada 2025
A temporada 2025 ainda está em fase de definição. Até o Grande Prêmio de Baku, já haviam quatro corridas, e o campeonato parecia equilibrado entre Red Bull, Ferrari e a surpreendente McLaren, que vinha de três vitórias consecutivas. O ponto de inflexão, no entanto, sempre foi a primeira corrida em que o líder da classificação cai, e isso acabou acontecendo neste fim de semana azerbaijano.
Para quem acompanha a F1, sabe que a pista de Baku é famosa pelos longos trechos retos que permitem altas velocidades, seguidos de curvas apertadas que testam a aderência dos pneus. Essa combinação costuma criar drama – lembram‑se do acidente de 2021 que tirou Verstappen da corrida? O histórico de incidentes fez a maioria das equipes reforçarem a atenção nos setores críticos da pista.
Como foi a classificação e os treinos livres
Os treinos livres de 19 e 20 de setembro mostraram um ritmo disparado. No primeiro FP, Lando Norris da McLaren liderou a sessão com um tempo de 1:42, seguido de perto por seu companheiro Oscar Piastri. Na mesma volta, Charles Leclerc da Ferrari ficou logo atrás.
O segundo FP teve Lewis Hamilton (Ferrari) no topo, mas a sessão foi interrompida por detritos na curva 16, o que gerou uma “banda vermelha” de quase 10 minutos. Já no terceiro FP, realizado no dia 20, Lando Norris reconquistou a liderança, enquanto Verstappen mostrava ritmo constante, preparando o terreno para o que viria.
Na classificação, Verstappen cravou 1:41.117, 0,246 segundo à frente de Sergio Perez (também Red Bull). O perigo da pista ficou evidente já nas primeiras voltas da corrida, quando o ônibus de segurança entrou para limpar detritos na reta principal.

O drama de Piastri e a mudança no campeonato
Logo na primeira volta, Oscar Piastri tentou uma ultrapassagem ousada na curva 13. O carro deslizou, saiu da pista e colidiu com o muro de forma violenta. O piloto saiu ileso, mas o carro estava totalmente comprometido. Era a primeira retirada de Piastri desde o GP dos Estados Unidos de 2023, e a história mudou em segundos.
"Foi um momento de muita tensão. Quando vimos o carro batendo, o coração parou", lembrou Lando Norris em entrevista pós‑corrida. "Nós estávamos cansados de ver o Piastri na frente, mas não dá pra torcer por acidente."
Com a retirada do líder, o mapa de pontos sofreu um grande calço. Verstappen passou a ter 25 pontos adicionais, enquanto Norris, ao terminar em quarta posição, somou 12 pontos – o suficiente para fechar a diferença para menos de 30 pontos com apenas duas corridas restantes.
Resultado da corrida e seu significado
Verstappen convertou a pole em vitória, completando a corrida em 1:33:26.408 e batendo o relógio de volta médio em 1:43.009, o recorde mais antigo da pista, estabelecido por Charles Leclerc em 2019. O holandês cruzou a linha de chegada 14,609 segundos à frente de George Russell, da Mercedes, que manteve a estratégia de uma única parada nos boxes.
Em terceiro, Carlos Sainz Jr. surpreendeu ao subir ao pódio pela Williams. Foi o primeiro pódio da equipe desde o GP da Bélgica de 2021 e o primeiro de uma corrida de distância completa desde 2017.
Nos lugares quatro a seis, Kimi Antonelli (Mercedes), Liam Lawson (Racing Bulls) e Yuki Tsunoda mostraram que o pelotão intermediário ainda tem muita coisa para lutar.
O resultado deu a Verstappen seu sexto grand chelem – liderar da pole à vitória com a volta mais rápida e a menor volta de pit – reforçando sua posição dominante na temporada.

Próximos passos e o que esperar
Com duas provas restantes (Singapura e Abu‑Dhabi), o campeonato ainda pode mudar. Se Piastri se recuperar rapidamente, ele ainda tem chances de retomar a liderança, mas precisará de resultados sólidos e alguma ajuda da McLaren para compensar o zero de pontos em Baku.
Por outro lado, Norris tem momentum e pode usar a situação a seu favor, especialmente se a estratégia de pneus da McLaren melhorar nas próximas pistas de alta temperatura. Russell, por sua vez, busca consolidar o segundo lugar e fechar a diferença para Verstappen.
As equipes ainda analisam os dados de Baku: o uso de pneus médios versus duros, a influência do vento na reta principal e a eficácia dos trechos de “zebra” nas curvas. Tudo indica que a disputa técnica será tão acirrada quanto a batalha no volante.
Perguntas Frequentes
Como a retirada de Oscar Piastri afeta a McLaren no campeonato?
A saída de Piastri em Baku representa perda de 25 pontos que poderiam ter reduzido a vantagem de Verstappen. Sem pontuação, a McLaren passa a depender mais de Lando Norris para fechar a diferença, o que pressiona a equipe a melhorar a estratégia de pneus nas próximas corridas.
Qual a importância do pódio de Carlos Sainz Jr. para a Williams?
É o primeiro pódio da Williams em mais de três anos e o primeiro em corrida de distância completa desde 2017. O resultado traz moral à equipe, reforça o desenvolvimento do carro e pode atrair patrocinadores adicionais antes do final da temporada.
O que os especialistas dizem sobre as chances de Verstappen manter a liderança?
Analistas como James Allen apontam que, com o sexto grand chelem, Verstappen tem vantagem psicológica. Contudo, circuitos como Singapura, que favorecem a estratégia de pneus, ainda podem dar oportunidades a Norris e Russell.
Quais foram os principais incidentes que interromperam os treinos livres?
Nos três treinos, a bandeira vermelha apareceu duas vezes: primeiro, por detritos na curva 16, e depois por problemas com as zebras na mesma curva. Ambas as interrupções duraram cerca de 8 a 10 minutos, forçando as equipes a ajustar o plano de qualificação.
O que esperar da próxima corrida em Singapura?
Singapura é considerada a corrida mais difícil em termos de gestão de pneus. A Red Bull pode tentar explorar a velocidade em trechos retos, enquanto a McLaren precisará de um setup que preserve os pneus para evitar surpresas como a de Baku.
1 Comentários
A aurora do Circuito da Cidade de Baku nunca foi mera coincidência de metal e velocidade; ela representa, ao mesmo tempo, o ritual de um mito moderno que se reinventa a cada volta. Quando Verstappen conquista a pole, não é somente um fato esportivo, mas sim a manifestação de um destino que se impõe como uma constante cósmica. O drama de Piastri, por outro lado, ecoa as sombras que acompanham toda grande jornada, lembrando que a excelência traz consigo o risco de cair. A questão que se impõe não é quem venceu, mas qual será o preço da supremacia contínua na narrativa da F1. Cada curva apertada em Baku serve de metáfora para as curvas da vida, onde a margem de erro é quase inexistente. Em resumo, o Grand Chelem de Verstappen não é apenas um troféu, mas um capítulo extra no épico da velocidade.