Jogo truncado e defesas em destaque no Estádio Pascual Guerrero
Zero a zero que ninguém planejava, mas que mostrou a força da defesa do Huracán diante do América de Cali, mesmo no movimentado Estádio Olímpico Pascual Guerrero. O empate sem gols na noite de 14 de maio de 2025 aumentou a tensão do Grupo C na Copa Sul-Americana. O América foi ao ataque, ficou com a bola (66% de posse), tentou 13 finalizações e obrigou o adversário a se defender quase o tempo todo. Só que, quando a bola ia na direção do gol — foram apenas 3 chutes certos —, o goleiro argentino estava atento e a linha defensiva, ainda mais. Huracán, por sua vez, não economizou suor, apostou na defesa forte (17 desarmes) e contou com a falta de pontaria dos colombianos para somar mais um ponto fora de casa.
O América tentou acelerar, principalmente pelo meio, com Édwin Balanta distribuindo passes e buscando espaços. Mesmo assim, não adiantou. Do outro lado, Matko Miljevic conduziu as poucas ofensivas do Huracán, mostrando porque é o líder de assistências do time no torneio. Mas faltou criatividade dos argentinos para aproveitar os raros contra-ataques — só chutaram uma vez certo ao gol, em meio a cinco tentativas. Rodrigo Holgado seguiu como principal referência ofensiva dos donos da casa, mas ficou bem marcado, enquanto Leandro Sequeira, do Huracán, esperava uma chance que nunca chegou de verdade.
Disputas, cartões e panorama do Grupo C
Se não teve gol, então sobrou disposição – e, claro, cartões amarelos. O árbitro não aliviou principalmente para o lado do Huracán: Cristian Ibañez e Tomás Guidara, entre outros, entraram para a lista dos amarelados. Isso ajudou o América a pressionar no final, mas, novamente, a barreira argentina segurou firme.
O empate manteve o Huracán na liderança do Grupo C, agora com sete pontos — duas vitórias e um empate —, apostando na regularidade e na defesa antes de buscar a classificação antecipada para os mata-matas. O América de Cali, com cinco pontos, continua como segundo colocado, na cola dos argentinos e ainda firme na briga. Corinthians e Racing Montevideo chegam bem atrás, com um e zero pontos, respectivamente, e precisam de uma reviravolta nas próximas rodadas.
Os próximos jogos prometem manter a tensão alta. Grupo C está aberto, mas, se a defesa do Huracán continuar desse jeito — e o América não achar o caminho do gol —, a última rodada pode reservar drama para quem sonha avançar na Copa Sul-Americana em 2025.
