
Domínguez aponta suposta pressão do Flamengo antes da decisão
Três dias antes do confronto decisivo que vai definir quem avança à final da Copa Libertadores, o Estudiantes entrou em campo contra o Defensa y Justicia e, apesar de ter poupado quase todos os titulares, garantiu a vitória por 1 a 0 no Estádio Alberto J. Armando. O resultado mantém viva a esperança de uma classificação histórica para a partida de volta, marcada para quinta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no estádio Jorge Luis Hirschi.
Na coletiva de imprensa que se seguiu ao jogo, o técnico argentino, Eduardo Domínguez, foi abordado sobre a recente decisão da CONMEBOL de anular o cartão vermelho de Juan Plata, que teria deixado o jogador de fora da partida decisiva. Domínguez preferiu não entrar no mérito, afirmando que a prioridade é “concentrar-nos em avançar para a próxima fase” e que “a autoridade máxima é a CONMEBOL”. Essa postura evitou especulações, mas deixou no ar a dúvida sobre a estratégia do time para o duelo contra o Flamengo.
Foi, porém, a crítica ao clube brasileiro que ganhou destaque. Domínguez acusou o Flamengo de usar seu peso institucional para “pressionar” o Estudiantes nos bastidores. Segundo ele, o clube carioca tem “poder para falar e pressionar” e teria criado narrativas falsas, como a suposta recomendação do árbitro de substituir Gustavo Gómez para evitar uma expulsão. “Eles inventaram várias histórias. Quando você encara um time grande como o Flamengo, deixe estas coisas para eles”, disse o treinador.
Além da suposta interferência nas substituições, Domínguez refutou veementemente rumores de que árbitros teriam sugerido alterações táticas para beneficiar o adversário. Ele garantiu que todas as decisões do seu time são tomadas de forma autônoma, baseada no que ele acredita ser melhor para o coletivo. Essa recusa em aceitar teorias de manipulação reforça a postura de foco total no preparo físico e tático da equipe.
O técnico ainda ressaltou que, embora as discussões sobre arbitragem e controvérsias sejam inevitáveis em partidas de alto risco, o que realmente importa são os jogadores em campo. “Precisamos atuar de maneira grandiosa, porque ser apenas bom pode não ser suficiente”, completou Domínguez, indicando que a equipe está pronta para reagir à pressão e demonstrar sua qualidade frente a um clube que, segundo ele, tem “ferramentas” para influenciar opiniões externas.
O Estudiantes volta a treinar intensamente, ajustando detalhes táticos que podem ser decisivos no segundo jogo. Domínguez tem reforçado a confiança em cada atleta, destacando que a união do grupo será a maior arma contra qualquer tentativa de “guerra psicológica”. Para os torcedores, a expectativa é grande: um confronto que promete ser marcado não só por habilidade técnica, mas também por estratégias fora de campo.
Enquanto isso, o Flamengo mantém seu ritmo de preparação, sem comentar publicamente as acusações de Domínguez. No Brasil, dirigentes e a imprensa ainda tentam analisar se há algum fundamento nas alegações de pressão institucional, mas a maioria parece focada no desempenho dos jogadores. O clima de rivalidade está instalado, e a partida de quinta-feira promete ser um dos capítulos mais intensos da história recente da competição sul‑americana.