Israel intensifica ataques e provoca explosões no centro de Teerã

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Israel intensifica ataques e provoca explosões no centro de Teerã

Explosões surpreendem moradores de Teerã

O clima ficou tenso em Teerã na tarde de domingo, 15 de junho, quando moradores se depararam com barulhos ensurdecedores e nuvens de fumaça subindo pelo céu em bairros do oeste da cidade. Relatos locais mostram que as explosões aconteceram enquanto muitos ainda estavam em casa, e a imagem dominante era a de um carro em chamas, escombros pelas ruas e poeira encobrindo qualquer visão do horizonte. Até quem está acostumado com a rotina instável da capital do Irã ficou abalado com o impacto inesperado do ataque.

Em vídeos compartilhados rapidamente por redes sociais, deu para ver o tamanho do susto da população, que correu confusa tentando entender de onde vinham os ataques. O nível de destruição ficou claro em imagens de ruas cobertas de destroços e a fumaça difícil de escapar do campo de visão. Apesar da sequência de explosões, ainda não há informações confiáveis sobre o número de feridos ou vítimas, deixando parentes e vizinhos em busca de notícias até tarde da noite.

Israel assume ofensiva e endurece tom

Israel assume ofensiva e endurece tom

Minutos depois das primeiras explosões, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin, confirmou: a ofensiva israelense estava em andamento – e, segundo ela, 'não paramos de atacar nem por um minuto.' O que já era perceptível para quem estava em Teerã ganhou tom oficial, com a garantia de que dezenas de outros alvos seriam atingidos.

Fontes ligadas ao governo iraniano, como a agência semi-oficial Tasnim, afirmaram que pelo menos dois projéteis com aparência de mísseis atingiram regiões centrais da cidade, desencadeando mais explosões e ampliando o medo de novos ataques. A comparação com bombardeios anteriores não demorou a surgir: estes episódios marcam mais um capítulo da escalada entre os dois países, que já vinham trocando acusações e ataques direcionados contra instalações críticas, em especial aquelas ligadas ao desenvolvimento nuclear iraniano.

O contexto não é só militar. O novo ataque acontece após Israel mirar instalações de enriquecimento de urânio em solo iraniano, o que elevou a aposta na disputa por influência e poderio armamentista na região. Poucas horas antes, autoridades iranianas ainda tentavam calcular os danos dos primeiros ataques, sem tempo de responder ao aumento repentino da violência. Até agora, o governo local mantém o silêncio sobre detalhes como número de vítimas ou prejuízos materiais, reforçando o clima de insegurança entre os moradores de Teerã.

O episódio evidencia — mais uma vez — o papel central do conflito entre Israel e Irã para o clima de instabilidade não só no Oriente Médio, mas também para o cenário internacional. E para quem vive na capital iraniana, o medo está longe de acabar, com ataques se tornando cada vez mais imprevisíveis e violentos.

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