
Quando Paulinho, nascido em São Paulo em 25/07/1988, assumiu a direção de futebol do Mirassol Futebol Clube, o clube entrou na zona de classificação da Copa Sul-Americana e surpreendeu ao ocupar a sexta posição no Campeonato Brasileiro 2025. O ex‑volante do Corinthians e ex‑jogador do FC Barcelona trocou a camisa pela sala de diretoria, e sua gestão já vale manchetes internacionais.
Do gramado ao executivo: a trajetória de Paulinho
A carreira de Paulinho nos campos foi marcada por títulos nacionais e a oportunidade de vestir a camisa do Barcelona em 2018. Depois de encerrar a atividade como atleta em 2024, ele foi convidado pelo Mirassol para integrar a comissão técnica como coordenador. Em junho de 2025, após uma curta passagem como auxiliar técnico em jogos decisivos do Campeonato Paulista 2025, ele foi promovido a executivo de futebol.
“Foi um salto de fé”, confidenciou o ex‑volante em entrevista à rádio TS Mirassol. “Eu sabia que seria um desafio, mas também via a chance de construir algo diferente no interior”.
O impacto da gestão de Paulinho no Mirassol
Desde a sua chegada, o Mirassol redefiniu a política de contratações. O clube investiu em jovens talentos da base de São Paulo e em jogadores experientes que se encaixavam no estilo de jogo ofensivo implantado por Paulinho. O resultado? Uma sequência de 12 vitórias em 18 partidas, colocando o time na zona de classificação para a Copa Sul‑Americana – algo impensável em 2022.
Além das vitórias, a receita de bilheteria subiu 38 % e o engajamento nas redes sociais dobrou, atraindo patrocinadores como a Ambev e a Claro. O aumento de visibilidade ajudou a equipe a negociar direitos de transmissão com a Globo, que agora exibe os jogos em horário nobre.
Interesse de clubes e ofertas internacionais
O sucesso chamou a atenção de gigantes como Santos, Sport Club do Recife e clubes do Oriente Médio. Segundo fontes próximas ao dirigente, uma proposta do futebol catariano incluía um pacote de US$ 4,2 milhões para que Paulinho ajudasse na captação de atletas e na promoção da liga local. O Sport chegou a duas videoconferências, mas não conseguiu convencer o executivo a deixar o projeto incompleto.
Mesmo o próprio Corinthians tentou reaver o ídolo, oferecendo-lhe a posição de diretor esportivo. Em outra ocasião, Paulinho foi cotado para integrar a comissão técnica de Carlo Ancelotti na seleção brasileira – convite que ele descreveu como "honorário, mas fora do momento certo".

Desafios à frente da bancada: decisões estratégicas
O ponto de virada da temporada foi a demissão de Eduardo Barroca, que assumiu o comando técnico após a saída de Mozart. Barroca, de 42 anos, trouxe experiência de clubes como Botafogo e Bahia, e rapidamente alinhou seu estilo ao plano de Paulinho. "Quando o Eduardo chegou, foi como encaixar a última peça de um quebra‑cabeça", explicou Paulinho.
Nos jogos contra Palmeiras e Corinthians, Paulinho ainda atuou como auxiliar técnico. "Minha cabeça ficou bagunçada. Queria estar no campo, mas minha visão estava na diretoria", lembra ele, destacando a tensão entre a paixão pelo futebol e a responsabilidade administrativa.
Perspectivas futuras e o que isso significa para o futebol brasileiro
Com a temporada 2025 ainda em curso, o Mirassol pode garantir uma vaga na Serie A até o fim do ano e, se mantiver o ritmo, representar o Brasil na competição continental. A trajetória de Paulinho demonstra que ex‑atletas podem transitar com sucesso para cargos executivos, algo que clubes de grande porte vêm observar cada vez mais.
Especialistas acreditam que a história do Mirassol pode inspirar outras equipes do interior a investir em gestão profissionalizada, reforçando a competitividade do futebol nacional. "É um modelo de sustentação que alia identidade regional a visão de negócios", afirma o analista esportivo Rodrigo Lemos, da ESPN Brasil.

Resumo dos principais fatos
- Paulinho, ex‑volante do Corinthians e Barcelona, assume a direção de futebol do Mirassol em 2025.
- O clube ocupa a 6ª posição no Campeonato Brasileiro 2025 e tem chance de classificação para a Copa Sul‑Americana.
- Ofertas de US$ 4,2 milhões do Catar, propostas do Santos, Sport e convite da seleção brasileira foram recusadas.
- Eduardo Barroca é o novo técnico, alinhado ao plano estratégico de Paulinho.
- Receita de bilheteria aumentou 38 % e direitos de TV foram renegociados.
Perguntas Frequentes
Como a presença de Paulinho afeta a classificação do Mirassol para a Copa Sul‑Americana?
Sob a gestão de Paulinho, o Mirassol adotou uma política de contratações mais assertiva, o que resultou em 12 vitórias nos últimos 18 jogos. Essa sequência de resultados colocou a equipe na zona de classificação, garantindo, atualmente, a 6ª colocação e maior probabilidade de alcançar a Copa Sul‑Americana.
Quais foram as ofertas internacionais que Paulinho recusou?
O executivo recebeu uma proposta do futebol catariano, que incluía cerca de US$ 4,2 milhões para atuar na captação de atletas e na promoção da liga local. Também houve negociações com Santos, Sport Club do Recife e até mesmo um convite para integrar a comissão técnica da seleção brasileira comandada por Carlo Ancelotti. Todas foram recusadas até o término de 2025.
Qual o histórico de Paulinho como jogador e como isso influencia sua atuação como executivo?
Paulinho brilhou no Corinthians, conquistando títulos nacionais e participou da campanha do FC Barcelona na La Liga. Essa vivência em clubes de alto nível lhe dá visão de estrutura profissional, disciplina e estratégia de mercado, atributos que tem aplicado na construção do projeto do Mirassol.
Como a contratação de Eduardo Barroca impactou o desempenho da equipe?
Barroca trouxe experiência de clubes como Botafogo, Bahia e Ceará, alinhando seu estilo ofensivo ao plano tático definido por Paulinho. Desde sua chegada, o Mirassol tem mantido uma média de 1,8 gols por partida e melhorado a organização defensiva, contribuindo para a escalada na tabela.
O que essa história pode inspirar em outros clubes do interior?
O caso Mirassol‑Paulinho mostra que investir em gestão profissionalizada, ainda que em clubes com recursos limitados, pode gerar resultados competitivos. A combinação de identidade regional, planejamento financeiro e visão estratégica pode servir de modelo para outras equipes que buscam ascensão na Série A.
1 Comentários
Paulinho realmente trouxe uma nova filosofia de gestão ao Mirassol; ao apostar em talentos da base e combinar experiência, o clube conseguiu melhorar seu rendimento ofensivo.
Além disso, a estratégia de diversificar patrocinadores, como Ambev e Claro, ampliou a receita em quase 40 % e fortaleceu a presença em mídias sociais.
Essas ações demonstram que uma administração bem estruturada pode transformar um time pequeno em concorrente de peso na Série A.
Vale notar que o poder de negociação de direitos televisivos com a Globo surgiu justamente pela consistência nos resultados recentes.
Em resumo, o modelo adotado por Paulinho pode servir de estudo de caso para outras equipes do interior que buscam sustentabilidade financeira e competitividade esportiva.